quinta-feira, 19 de junho de 2014

PSICOGRAFIAS DOS MÉDIUNS ROGÉRIO HENRIQUE LEITE, MARLI MANSINI E KÁTIA DE SOUZA, EM MOGI MIRIM-SP









PSICOGRAFIAS DOS MÉDIUNS ROGÉRIO HENRIQUE LEITE, MARLI MANSINI E KÁTIA DE SOUZA, EM MOGI MIRIM-SP.

Geziel Andrade

FOTO 1: Início dos trabalhos de psicografia dos médiuns Rogério, Marli e Kátia.
FOTO 2: Os médiuns Rogério, Marli e Kátia psicografando as cartas, mensagens e recados dos Espíritos aos seus familiares.
FOTO 3:     Público presente nos trabalhos de psicografia dos médiuns Rogério, Marli e Kátia.
FOTO 4: A  médium Kátia de Souza lendo e entregando aos destinatários as cartas que psicografou.
FOTO 5: Foto de encerramento dos trabalhos de psicografia: Luiz, Kátia, Sara, Murilo, Amélia, Geziel, Rogério, Sueli, Marli, Cleide, Ismael e Elena.

A Associação Espírita Jesus e Caridade, de Mogi Mirim-SP, recebeu, nos dias 6 e 7 de junho de 2014, a visita dos notáveis médiuns Rogério Henrique Leite e Marli Mansini, de Lorena-SP, (blog oficial: www.cartaconsoladora.blogspot.com) e Kátia de Souza, de São Paulo-SP, acompanhada de seu pai Luiz Carlos e de sua mãe Elena Américo de Souza.

Essa agradável visita fraterna, em atendimento ao convite que lhes havia sido formulado, tornou-se muito instrutiva, com a palestra que o médium Rogério realizou na Associação, na noite do dia 6 de junho, sobre a mediunidade, transmitindo às pessoas presentes seus conhecimentos e suas dificuldades, vivências e experiências pessoais acerca do assunto.

No dia 7 de junho, no período da manhã, cerca de 150 pessoas, inclusive de diversas cidades do Estado, solicitaram, individualmente, aos médiuns, notícias de seus familiares desencarnados. No período da tarde, o movimento espírita da localidade foi agraciado com a sessão pública de psicografia, para a recepção das cartas consoladoras e mensagens dos Espíritos aos seus entes queridos.

Então, houve a esperada afirmação da manutenção das afeições, mesmo com a morte do corpo material, amenizando as saudades, comprovando a imortalidade da alma com todas as suas faculdades e dando informações claras sobre a continuidade da sua vida no mundo espiritual.

Esse trabalho mediúnico consolador, intitulado de “carta consoladora”, teve início com o médium Chico Xavier, que dizia que “o telefone só toca de lá para cá”, e continuidade com os médiuns Carlos A. Baccelli, Celso de Almeida Afonso, Robson Pinheiro, dentre muitos outros.

No final da tarde, as emoções muito fortes dominaram as centenas de pessoas presentes na reunião espírita aberta ao público. Os médiuns passaram a ler as mais de vinte cartas, mensagens e recados recebidos dos Espíritos e os entregar aos seus destinatários queridos, sob as lágrimas de alegria, os aplausos e cumprimentos pela fácil identificação do Espírito e evidente autenticidade do teor da mensagem. Estavam presenciando não só acontecimentos felizes, mas também fatos surpreendentes e muito acima das suas expectativas iniciais.

PUBLICAÇÃO DE TRÊS CARTAS CONSOLADORAS RECEBIDAS PELO MÉDIUM ROGÉRIO H. LEITE

Dentre as mais de duas dezenas de cartas psicografadas pelos três médiuns, publicamos, a seguir, três delas, que obtivemos dos destinatários a necessária autorização para publicação. Elas foram psicografadas pelo médium Rogério H. Leite. As cópias dos originais das demais cartas estão servindo para estudos doutrinários na Instituição, despertando profundas reflexões religiosas, filosóficas e morais sobre a complexa e grandiosa dimensão da vida imortal da alma, no contexto da Obra de Deus.

1 - A CARTA DO ESPÍRITO JUCA DE ANDRADE AOS SEUS NETOS SUELI, AMÉLIA E GEZIEL

Queridos netos Sueli, Amélia e Geziel.

O Senhor esteja conosco!

Aqui estou me servindo dos singelos recursos mediúnicos do amigo que se dispôs a colaborar, para que eu lhes trouxesse uma palavra, um breve recado de saudade e incentivo a vocês e todos os nossos.

Nossos queridos Zeca e Maria José participam conosco desta reunião de preces.

Graças a Jesus, as sementes que nos foram confiadas há décadas abriram-se num roseiral de atividades redentoras.

Nós sabemos que ao longo dos anos nós fomos os verdadeiros beneficiados nesta gleba de amor e caridade, pois o primeiro beneficiado é sempre aquele que atende e socorre em nome do nosso Mestre.

Compreendo que investir no bem não é tarefa fácil, especialmente quando a rotina familiar nos exige a sua justa cota de tempo e atenção, além das circunstâncias adversas que costumeiramente nos cobra uma taxa a mais de testemunho na Seara que, em verdade, pertence ao Cristo.

Vocês e todos os nossos familiares, amigos e voluntários sabiam que não seria fácil, mas com Jesus tudo é possível.

Assim como alguns irmãos são arrebatados pela dor e pelo cansaço ao longo do caminho, outros irmãos surgem, e haverão de surgir, estendendo a sua mão generosa, para que a obra prossiga sem maiores alterações; que sejam as que tragam consigo o dinamismo e a perseverança.

O meu coração inclina-se devedor aos seus esforços, a você Geziel, por perpetuar em algumas linhas a memória deste homem simples que apenas ouviu o chamado de Jesus e saiu a semear sem perda de tempo. Devemos a você o incentivo e a atenção para com todos os nossos.

À nossa Sueli, o discernimento e a temperança necessária para conduzir as tarefas com destemor e galhardia.

À nossa Amelinha e ao Murilo, a parceria ideal que conjuga idealismo e dedicação efetiva. Irmãos que se doam por amor indistintamente, tal qual o roteiro Evangélico.

Quanto ao Lar Maria de Nazaré, continua sendo a manjedoura humilde e acolhedora dos diletos de Jesus, no dizer de nossa Benfeitora Meimei.

O Albergue, atenuando a aflição do viajor cansado, gotejando amparo e esperança.

O Abrigo, abrasando os corações enregelados de muitos irmãos que sentem na própria alma a deserção dos próprios familiares a quem dedicaram a vida de suas vidas.

O CAPS, nestes tempos em que os tóxicos alienam e desequilibram as mentes menos vigilantes, prestará relevantes serviços à comunidade que clama por socorro e arrimo. 

Quanto à Casa Espírita que norteia os nossos ideais, sou de opinião que o incentivo e a preparação de tarefeiros que se dediquem ao trabalho de atendimento fraterno aos irmãos que visitam a Casa pela primeira vez, em busca de uma palavra amiga, serão de bom alvitre, para que, nestes tempos difíceis, as almas cansadas e tristes encontrem nesta Casa um lar que possa acolhê-las.

Peço a vocês que pensem no assunto.

O estudo da Doutrina é imperioso para o processo da reforma íntima dos que almejam a vitória sobre suas próprias mazelas; mas a dedicação no atendimento fraternal aos que visitam nossa Casa representa o amor em movimento, através da solidariedade cristã.

Recordando aqui os tempos em que em minha própria residência, com muita satisfação, dedicava-me, ao lado de nossa Carmela, a esta tarefa que para mim representava uma oportunidade a mais de aprendizado.

Hoje sei que nossa Helen, junto a Jesus, foram minhas fontes de inspiração, Graças a Deus.

Por hoje devo encerrar estas linhas, já que se trata de um breve recado, enquanto outros deverão se dirigir mais intimamente a seus familiares.

Meus netos e familiares, os recursos dos quais me valho no momento não são os mesmos do nosso querido Chico Xavier, que muitos imaginam estar residindo em colônias distantes do sofrimento humano, quando, na verdade, eu sei que está tão próximo do povo sofredor, como antes. Estou me servindo de um amigo novo, que faz o possível para atender os meus anseios.

Sei que, beijando o coração de vocês, o coração de nossa Célia, estarei beijando o coração de todos trabalhadores e assistidos deste lar de bênçãos, bem como o coração de todos nossos familiares.

Rogo a Jesus que abençoe nossa Mogi Mirim, abençoando toda sua comunidade.

Sempre de vocês,
Juca Andrade
José Antonio Andrade Júnior.

NOTAS EXPLICATIVAS:
1 – Juca de Andrade foi um trabalhador espírita muito conhecido em Mogi Mirim e cidades vizinhas, pelas boas obras que realizou.

2 – Zeca e Maria José são os pais, já desencarnados, de Sueli, Amélia e Geziel. Zeca era o apelido de José Andrade, filho de Juca.

3 – Geziel reuniu em um livreto, para divulgação, a vida e obra de Juca de Andrade.

4 – Carmela, esposa de Juca, sempre o acompanhou em suas tarefas doutrinárias, bem como na ajuda fraterna prestada aos que os procuravam, a qualquer hora, mesmo em sua residência na Rua Padre Roque.

5 – Helen, filha já desencarnada de Juca e Carmela, mereceu dos pais dedicação especial e cuidados intensos, pela enfermidade que portava.

6 – O Espírito de Juca dirigiu a seus familiares uma extensa e pormenorizada carta através da mediunidade de Chico Xavier, dando-lhes detalhes abrangentes do seu processo de desencarnação, bem como da continuidade da sua vida no Além. Essa mensagem foi publicada em inúmeros informativos espíritas.

7 – Célia, neta de Juca, estava presente na sessão de psicografia e havia pedido ao médium notícias a respeito de seu avô Juca, seu pai Ayrton e sua sogra.

DEPOIMENTO DE GEZIEL ANDRADE: Reconheço a identidade do Espírito de meu avô Juca nesta mensagem recebida pelo médium Rogério. Ele ocupa a posição de guia da família e diretor espiritual da Associação Espírita Jesus e Caridade, com a autoridade moral que sempre teve para nos orientar e nos dirigir conselhos valiosos. Mas, a autenticidade desta mensagem está muito mais evidente na expressão do mesmo espírito humilde, fraterno e cristão que sempre marcou a vida e as obras de meu avô Juca. A prática da humildade e da caridade cristãs foram características marcantes em Juca Andrade.

2 - A CARTA DO ESPÍRITO VERA ROMERO BAZANA A SEU EX-ESPOSO MURILO

Querido Murilo

Jesus nos abençoe nesta tarde de bênçãos!

Aqui estou na condição de sua irmã para entregar a você e a nossa Amelinha o meu coração agradecido.

Deus nosso Pai colocou você no lugar certo e com a pessoa certa para retomar o livro de sua história.

Se em preces você questionar a Deus, por certo Ele responderá, e que você Murilo somente ouvirá na acústica de sua alma.

Quarenta e três anos de dedicação a uma companheira, a filhos e netos, credenciaram você à tarefa que hoje realiza com Jesus ao lado da companheira que ele colocou em seu caminho para que, ao invés de um homem triste, você resgatasse a esperança de ser feliz novamente.

Ser feliz, fazer feliz sua nova companheira e ambos de mãos dadas, fazerem muitos filhos do coração felizes!

Este é o desejo de Deus e o seu momento meu querido.

Por aqui vou bem, procurando inspirar nossos filhos e netos, e sempre que possível compartilhando com vocês das tarefas de amor que ambos abraçaram.

O amor, quando verdadeiro, tende a universalizar-se; é o que ocorre com o homem que aspira pela sua sublimação.

Agradeço a você Amélia por cuidar do Murilo; desejo que ele a faça feliz, tão feliz quanto você é merecedora, e que este amor que os uni, seja revertido em boas obras na Casa de Deus.

Às vezes, contemplo o olhar dos dois em direção ao irmão sofredor.

Olhar de misericórdia e compaixão; isto também é sinônimo de amor.

Murilo, estou enviando através de você, o meu carinho aos nossos Alexandre, Daniel, Rogério, ao Felipe, ao Marcos Paulo, ao Lucas e muitos que vão aumentando, como é o caso da princesinha Rafaela e outros que estão chegando.

As minhas preces ao meu Pai Antônio; preces da Mãe Floriza, a todos. 

Beijos no coração de amigos e familiares.

O irmão Juca Andrade pede que lhe diga que está cuidando de sua irmã, enquanto você cuida do evento.

Jesus nos abençoará a todos.

Beijando o seu coração digno,
Beijo o coração amoroso de nossa Amélia.
Vera Romero Bazana

DEPOIMENTO DE MURILO INACARATO BAZANA: Murilo e Vera estiveram juntos em 3 anos de namoro/noivado e 40 anos de casados. Desse casamento nasceram 3 filhos: Alexandre, Rogério e Daniel. Destes nasceram 3 netos: Felipe, Lucas e Marcos Paulo, sendo que este último reside em Alfenas-MG.

Quando Vera diz: “contemplo o olhar dos dois em direção do irmão sofredor”, refere-se ao trabalho que Murilo e Amélia realizam como parte da direção da Associação Espírita Jesus e Caridade.

Princesinha Rafaela é a netinha de Amelinha que adotou, desde pequenina, Murilo como avô. (Imagino que seja reflexo de vidas passadas, pois é um amor de primeira grandeza.)

Antonio e Floriza foram os pais biológicos, hoje desencarnados, de Vera. Não foram pais assumidos.

O Espírito Juca, enquanto aconteciam os eventos, cuidava da irmã de Murilo, pois estava internada em UTI, em São Paulo, por ter sofrido um AVC.
  
3 - CARTA DO ESPÍRITO OSMAR A SUA EX-ESPOSA SANTA CAMARGO HERNANDES

Santa

Jesus permite e na condição de quem se esforça para tomar da caneta, aqui estou sob o auxílio de Benfeitores amigos que tudo fazem para que eu possa lhes oferecer algo de mim neste ditado escrito às pressas.

Sei que preciso aliviar o seu coração, o coração de nossas filhas, aliviando o meu próprio coração, consequentemente.

Sei das atribulações que vivemos, levando em conta o início de nossa convivência um tanto tumultuada, em virtude do gênio difícil que aos poucos despontava, transformando o seu Osmar, não naquele companheiro a quem você um dia entregou o seu coração. Mas numa personalidade um tanto egoísta, capaz de infringir a você sofrimentos e humilhações, as quais você ainda não pode esquecer.

Lamento por tudo.

Deveria ter sido o companheiro que você esperava e o pai ideal às nossas filhas.

Reconheçamos, entretanto, que fui um homem comum, atrelado aos meus próprios conceitos de vida, sem dar ouvido às vozes contrárias, ainda que estas vozes me chamassem a atenção para a prudência e a temperança.

Sei que você relutou, ou melhor, protelou o quanto pode a nossa separação.

Penso que procedera assim em virtude das meninas.

Sei que foi impossível prosseguir ao meu lado.

Eu precisava permitir que você vivesse, fosse feliz.

Não guardo mágoa ou ressentimento algum, quanto a isso.

Quanto ao fato de eu ter me entregado de vez à bebida, após a nossa separação, isto iria ocorrer mais cedo ou mais tarde.

Exagerei, fui imprudente e infeliz no trato com a saúde.

Não dê ouvidos aos que disserem que passei a beber a mais em virtude de nossa separação.

Se alguém precisa pedir perdão a você e às meninas sou eu.

Reconheçamos que um intercâmbio desta natureza não é algo simples.

Alguns sensitivos podem ter sentido a minha presença; a presença de alguém que desejava apaziguar a sua própria consciência. Pena que desvirtuara o meu pensamento.

Você não me deve nada.

Perdoa por não ter valorizado o lar, que juntos constituímos.

Que nossa Letícia compreenda hoje as palavras do seu pai, amenizando o seu gênio e o seu coração no trato com você.

Filha, no lugar de sua mãe, você teria feito o mesmo.

Quantos homens têm sobre a Terra tanto para acertar e não se empenham neste sentido, achando-se donos da verdade.

Recebam Letícia e Lisandra o carinho deste Pai que, do outro lado da vida, está se reabilitando.

Santa, desejo que o ditado pobre que pude lhe entregar devolva a paz ao seu coração.

Se rezar, não me esqueça em suas preces.

Aceita o que de melhor posso lhes oferecer no momento: o desejo de ser melhor no porvir.
Osmar Hernandez
Osmar Hernandez