PSICOGRAFIAS DOS MÉDIUNS
ROGÉRIO HENRIQUE LEITE, MARLI MANSINI E KÁTIA DE SOUZA, EM MOGI MIRIM-SP.
Geziel Andrade
FOTO 1: Início dos trabalhos
de psicografia dos médiuns Rogério, Marli e Kátia.
FOTO 2: Os médiuns Rogério,
Marli e Kátia psicografando as cartas, mensagens e recados dos Espíritos aos seus
familiares.
FOTO 3: Público presente nos trabalhos de
psicografia dos médiuns Rogério, Marli e Kátia.
FOTO 4: A médium Kátia de Souza lendo e entregando aos
destinatários as cartas que psicografou.
FOTO 5: Foto de encerramento
dos trabalhos de psicografia: Luiz, Kátia, Sara, Murilo, Amélia, Geziel,
Rogério, Sueli, Marli, Cleide, Ismael e Elena.
A Associação Espírita Jesus
e Caridade, de Mogi Mirim-SP, recebeu, nos dias 6 e 7 de junho de 2014, a
visita dos notáveis médiuns Rogério Henrique Leite e Marli Mansini, de
Lorena-SP, (blog oficial: www.cartaconsoladora.blogspot.com)
e Kátia de Souza, de São Paulo-SP, acompanhada de seu pai Luiz Carlos e de sua
mãe Elena Américo de Souza.
Essa agradável visita
fraterna, em atendimento ao convite que lhes havia sido formulado, tornou-se
muito instrutiva, com a palestra que o médium Rogério realizou na Associação,
na noite do dia 6 de junho, sobre a mediunidade, transmitindo às pessoas presentes
seus conhecimentos e suas dificuldades, vivências e experiências pessoais
acerca do assunto.
No dia 7 de junho, no
período da manhã, cerca de 150 pessoas, inclusive de diversas cidades do
Estado, solicitaram, individualmente, aos médiuns, notícias de seus familiares
desencarnados. No período da tarde, o movimento espírita da localidade foi
agraciado com a sessão pública de psicografia, para a recepção das cartas
consoladoras e mensagens dos Espíritos aos seus entes queridos.
Então, houve a esperada afirmação
da manutenção das afeições, mesmo com a morte do corpo material, amenizando as
saudades, comprovando a imortalidade da alma com todas as suas faculdades e
dando informações claras sobre a continuidade da sua vida no mundo espiritual.
Esse trabalho mediúnico
consolador, intitulado de “carta consoladora”, teve início com o médium Chico
Xavier, que dizia que “o telefone só toca de lá para cá”, e continuidade com os
médiuns Carlos A. Baccelli, Celso de Almeida Afonso, Robson Pinheiro, dentre
muitos outros.
No final da tarde, as emoções
muito fortes dominaram as centenas de pessoas presentes na reunião espírita
aberta ao público. Os médiuns passaram a ler as mais de vinte cartas, mensagens
e recados recebidos dos Espíritos e os entregar aos seus destinatários
queridos, sob as lágrimas de alegria, os aplausos e cumprimentos pela fácil identificação
do Espírito e evidente autenticidade do teor da mensagem. Estavam presenciando não
só acontecimentos felizes, mas também fatos surpreendentes e muito acima das suas
expectativas iniciais.
PUBLICAÇÃO DE TRÊS CARTAS
CONSOLADORAS RECEBIDAS PELO MÉDIUM ROGÉRIO H. LEITE
Dentre as mais de duas
dezenas de cartas psicografadas pelos três médiuns, publicamos, a seguir, três
delas, que obtivemos dos destinatários a necessária autorização para
publicação. Elas foram psicografadas pelo médium Rogério H. Leite. As cópias dos
originais das demais cartas estão servindo para estudos doutrinários na
Instituição, despertando profundas reflexões religiosas, filosóficas e morais
sobre a complexa e grandiosa dimensão da vida imortal da alma, no contexto da
Obra de Deus.
1 - A CARTA DO ESPÍRITO JUCA
DE ANDRADE AOS SEUS NETOS SUELI, AMÉLIA E GEZIEL
Queridos netos Sueli, Amélia
e Geziel.
O Senhor esteja conosco!
Aqui estou me servindo dos
singelos recursos mediúnicos do amigo que se dispôs a colaborar, para que eu
lhes trouxesse uma palavra, um breve recado de saudade e incentivo a vocês e
todos os nossos.
Nossos queridos Zeca e Maria
José participam conosco desta reunião de preces.
Graças a Jesus, as sementes
que nos foram confiadas há décadas abriram-se num roseiral de atividades
redentoras.
Nós sabemos que ao longo dos
anos nós fomos os verdadeiros beneficiados nesta gleba de amor e caridade, pois
o primeiro beneficiado é sempre aquele que atende e socorre em nome do nosso
Mestre.
Compreendo que investir no
bem não é tarefa fácil, especialmente quando a rotina familiar nos exige a sua
justa cota de tempo e atenção, além das circunstâncias adversas que
costumeiramente nos cobra uma taxa a mais de testemunho na Seara que, em
verdade, pertence ao Cristo.
Vocês e todos os nossos
familiares, amigos e voluntários sabiam que não seria fácil, mas com Jesus tudo
é possível.
Assim como alguns irmãos são
arrebatados pela dor e pelo cansaço ao longo do caminho, outros irmãos surgem,
e haverão de surgir, estendendo a sua mão generosa, para que a obra prossiga
sem maiores alterações; que sejam as que tragam consigo o dinamismo e a
perseverança.
O meu coração inclina-se
devedor aos seus esforços, a você Geziel, por perpetuar em algumas linhas a
memória deste homem simples que apenas ouviu o chamado de Jesus e saiu a semear
sem perda de tempo. Devemos a você o incentivo e a atenção para com todos os
nossos.
À nossa Sueli, o
discernimento e a temperança necessária para conduzir as tarefas com destemor e
galhardia.
À nossa Amelinha e ao
Murilo, a parceria ideal que conjuga idealismo e dedicação efetiva. Irmãos que
se doam por amor indistintamente, tal qual o roteiro Evangélico.
Quanto ao Lar Maria de Nazaré,
continua sendo a manjedoura humilde e acolhedora dos diletos de Jesus, no dizer
de nossa Benfeitora Meimei.
O Albergue, atenuando a
aflição do viajor cansado, gotejando amparo e esperança.
O Abrigo, abrasando os
corações enregelados de muitos irmãos que sentem na própria alma a deserção dos
próprios familiares a quem dedicaram a vida de suas vidas.
O CAPS, nestes tempos em que
os tóxicos alienam e desequilibram as mentes menos vigilantes, prestará
relevantes serviços à comunidade que clama por socorro e arrimo.
Quanto à Casa Espírita que norteia
os nossos ideais, sou de opinião que o incentivo e a preparação de tarefeiros
que se dediquem ao trabalho de atendimento fraterno aos irmãos que visitam a
Casa pela primeira vez, em busca de uma palavra amiga, serão de bom alvitre,
para que, nestes tempos difíceis, as almas cansadas e tristes encontrem nesta
Casa um lar que possa acolhê-las.
Peço a vocês que pensem no
assunto.
O estudo da Doutrina é
imperioso para o processo da reforma íntima dos que almejam a vitória sobre
suas próprias mazelas; mas a dedicação no atendimento fraternal aos que visitam
nossa Casa representa o amor em movimento, através da solidariedade cristã.
Recordando aqui os tempos em
que em minha própria residência, com muita satisfação, dedicava-me, ao lado de
nossa Carmela, a esta tarefa que para mim representava uma oportunidade a mais
de aprendizado.
Hoje sei que nossa Helen,
junto a Jesus, foram minhas fontes de inspiração, Graças a Deus.
Por hoje devo encerrar estas
linhas, já que se trata de um breve recado, enquanto outros deverão se dirigir
mais intimamente a seus familiares.
Meus netos e familiares, os
recursos dos quais me valho no momento não são os mesmos do nosso querido Chico
Xavier, que muitos imaginam estar residindo em colônias distantes do sofrimento
humano, quando, na verdade, eu sei que está tão próximo do povo sofredor, como
antes. Estou me servindo de um amigo novo, que faz o possível para atender os
meus anseios.
Sei que, beijando o coração
de vocês, o coração de nossa Célia, estarei beijando o coração de todos
trabalhadores e assistidos deste lar de bênçãos, bem como o coração de todos
nossos familiares.
Rogo a Jesus que abençoe
nossa Mogi Mirim, abençoando toda sua comunidade.
Sempre de vocês,
Juca Andrade
José Antonio Andrade Júnior.
NOTAS EXPLICATIVAS:
1 – Juca de Andrade foi um
trabalhador espírita muito conhecido em Mogi Mirim e cidades vizinhas, pelas
boas obras que realizou.
2 – Zeca e Maria José são os
pais, já desencarnados, de Sueli, Amélia e Geziel. Zeca era o apelido de José
Andrade, filho de Juca.
3 – Geziel reuniu em um
livreto, para divulgação, a vida e obra de Juca de Andrade.
4 – Carmela, esposa de Juca,
sempre o acompanhou em suas tarefas doutrinárias, bem como na ajuda fraterna prestada
aos que os procuravam, a qualquer hora, mesmo em sua residência na Rua Padre
Roque.
5 – Helen, filha já
desencarnada de Juca e Carmela, mereceu dos pais dedicação especial e cuidados
intensos, pela enfermidade que portava.
6 – O Espírito de Juca
dirigiu a seus familiares uma extensa e pormenorizada carta através da
mediunidade de Chico Xavier, dando-lhes detalhes abrangentes do seu processo de
desencarnação, bem como da continuidade da sua vida no Além. Essa mensagem foi
publicada em inúmeros informativos espíritas.
7 – Célia, neta de Juca, estava
presente na sessão de psicografia e havia pedido ao médium notícias a respeito
de seu avô Juca, seu pai Ayrton e sua sogra.
DEPOIMENTO DE GEZIEL
ANDRADE: Reconheço a identidade do Espírito de meu avô Juca nesta mensagem
recebida pelo médium Rogério. Ele ocupa a posição de guia da família e diretor
espiritual da Associação Espírita Jesus e Caridade, com a autoridade moral que
sempre teve para nos orientar e nos dirigir conselhos valiosos. Mas, a
autenticidade desta mensagem está muito mais evidente na expressão do mesmo espírito
humilde, fraterno e cristão que sempre marcou a vida e as obras de meu avô
Juca. A prática da humildade e da caridade cristãs foram características
marcantes em Juca Andrade.
2 - A CARTA DO ESPÍRITO VERA
ROMERO BAZANA A SEU EX-ESPOSO MURILO
Querido Murilo
Jesus nos abençoe nesta
tarde de bênçãos!
Aqui estou na condição de
sua irmã para entregar a você e a nossa Amelinha o meu coração agradecido.
Deus nosso Pai colocou você
no lugar certo e com a pessoa certa para retomar o livro de sua história.
Se em preces você questionar
a Deus, por certo Ele responderá, e que você Murilo somente ouvirá na acústica
de sua alma.
Quarenta e três anos de
dedicação a uma companheira, a filhos e netos, credenciaram você à tarefa que
hoje realiza com Jesus ao lado da companheira que ele colocou em seu caminho
para que, ao invés de um homem triste, você resgatasse a esperança de ser feliz
novamente.
Ser feliz, fazer feliz sua
nova companheira e ambos de mãos dadas, fazerem muitos filhos do coração
felizes!
Este é o desejo de Deus e o
seu momento meu querido.
Por aqui vou bem, procurando
inspirar nossos filhos e netos, e sempre que possível compartilhando com vocês
das tarefas de amor que ambos abraçaram.
O amor, quando verdadeiro,
tende a universalizar-se; é o que ocorre com o homem que aspira pela sua
sublimação.
Agradeço a você Amélia por
cuidar do Murilo; desejo que ele a faça feliz, tão feliz quanto você é
merecedora, e que este amor que os uni, seja revertido em boas obras na Casa de
Deus.
Às vezes, contemplo o olhar
dos dois em direção ao irmão sofredor.
Olhar de misericórdia e
compaixão; isto também é sinônimo de amor.
Murilo, estou enviando
através de você, o meu carinho aos nossos Alexandre, Daniel, Rogério, ao
Felipe, ao Marcos Paulo, ao Lucas e muitos que vão aumentando, como é o caso da
princesinha Rafaela e outros que estão chegando.
As minhas preces ao meu Pai
Antônio; preces da Mãe Floriza, a todos.
Beijos no coração de amigos e
familiares.
O irmão Juca Andrade pede
que lhe diga que está cuidando de sua irmã, enquanto você cuida do evento.
Jesus nos abençoará a todos.
Beijando o seu coração digno,
Beijo o coração amoroso de
nossa Amélia.
Vera Romero Bazana
DEPOIMENTO DE MURILO
INACARATO BAZANA: Murilo e Vera estiveram juntos em 3 anos de namoro/noivado e
40 anos de casados. Desse casamento nasceram 3 filhos: Alexandre, Rogério e
Daniel. Destes nasceram 3 netos: Felipe, Lucas e Marcos Paulo, sendo que este
último reside em Alfenas-MG.
Quando Vera diz: “contemplo
o olhar dos dois em direção do irmão sofredor”, refere-se ao trabalho que
Murilo e Amélia realizam como parte da direção da Associação Espírita Jesus e
Caridade.
Princesinha Rafaela é a
netinha de Amelinha que adotou, desde pequenina, Murilo como avô. (Imagino que
seja reflexo de vidas passadas, pois é um amor de primeira grandeza.)
Antonio e Floriza foram os
pais biológicos, hoje desencarnados, de Vera. Não foram pais assumidos.
O Espírito Juca, enquanto
aconteciam os eventos, cuidava da irmã de Murilo, pois estava internada em UTI,
em São Paulo, por ter sofrido um AVC.
3 - CARTA DO ESPÍRITO OSMAR A SUA EX-ESPOSA SANTA CAMARGO
HERNANDES
Santa
Jesus permite e na condição de quem se esforça para tomar
da caneta, aqui estou sob o auxílio de Benfeitores amigos que tudo fazem para
que eu possa lhes oferecer algo de mim neste ditado escrito às pressas.
Sei que preciso aliviar o seu coração, o coração de
nossas filhas, aliviando o meu próprio coração, consequentemente.
Sei das atribulações que vivemos, levando em conta o
início de nossa convivência um tanto tumultuada, em virtude do gênio difícil
que aos poucos despontava, transformando o seu Osmar, não naquele companheiro a
quem você um dia entregou o seu coração. Mas numa personalidade um tanto
egoísta, capaz de infringir a você sofrimentos e humilhações, as quais você
ainda não pode esquecer.
Lamento por tudo.
Deveria ter sido o companheiro que você esperava e o pai
ideal às nossas filhas.
Reconheçamos, entretanto, que fui um homem comum,
atrelado aos meus próprios conceitos de vida, sem dar ouvido às vozes
contrárias, ainda que estas vozes me chamassem a atenção para a prudência e a
temperança.
Sei que você relutou, ou melhor, protelou o quanto pode a
nossa separação.
Penso que procedera assim em virtude das meninas.
Sei que foi impossível prosseguir ao meu lado.
Eu precisava permitir que você vivesse, fosse feliz.
Não guardo mágoa ou ressentimento algum, quanto a isso.
Quanto ao fato de eu ter me entregado de vez à bebida,
após a nossa separação, isto iria ocorrer mais cedo ou mais tarde.
Exagerei, fui imprudente e infeliz no trato com a saúde.
Não dê ouvidos aos que disserem que passei a beber a mais
em virtude de nossa separação.
Se alguém precisa pedir perdão a você e às meninas sou
eu.
Reconheçamos que um intercâmbio desta natureza não é algo
simples.
Alguns sensitivos podem ter sentido a minha presença; a
presença de alguém que desejava apaziguar a sua própria consciência. Pena que
desvirtuara o meu pensamento.
Você não me deve nada.
Perdoa por não ter valorizado o lar, que juntos
constituímos.
Que nossa Letícia compreenda hoje as palavras do seu pai,
amenizando o seu gênio e o seu coração no trato com você.
Filha, no lugar de sua mãe, você teria feito o mesmo.
Quantos homens têm sobre a Terra tanto para acertar e não
se empenham neste sentido, achando-se donos da verdade.
Recebam Letícia e Lisandra o carinho deste Pai que, do
outro lado da vida, está se reabilitando.
Santa, desejo que o ditado pobre que pude lhe entregar
devolva a paz ao seu coração.
Se rezar, não me esqueça em suas preces.
Aceita o que de melhor posso lhes oferecer no momento: o
desejo de ser melhor no porvir.
Osmar Hernandez
Osmar Hernandez