quinta-feira, 24 de julho de 2014

HOMENAGEM ESPÍRITA A ISAAC TIBÚRCIO VALERIANO, LEONTINA VALERIANO PATELLI E LINO PATELLI




HOMENAGEM ESPÍRITA A
ISAAC TIBÚRCIO VALERIANO,
LEONTINA VALERIANO PATELLI,
E LINO PATELLI:
PIONEIROS DO ESPIRITISMO EM MOGI MIRIM.

Artigo escrito por Geziel Andrade, com base em informações históricas de Jane Longato Urbine, Risoleta Ladeira Andrade, Eurípedes Patelli e Grupo Patelli na Internet.

1 – A PRÓSPERA CIDADE DE MOGI MIRIM
A prosperidade econômica, política e social de Mogi Mirim, uma das mais importantes cidades do Estado de São Paulo desde 1849, está muito bem documentada no excelente e emocionante livro “Coronel Leitão: 200 anos de História”, de autoria de Jane Longato Urbine, e edição da Editora Setembro, de Holambra -SP, 2012.

Esse notável livro destaca inúmeras personalidades a partir de Antonio Joaquim de Freitas Leitão, o Coronel Leitão, nascido em Mogi Mirim em 13 de junho de 1816, filho de João de Freitas Leitão e Mariana Gomes Leitão, uma modesta família portuguesa.

Coronel Leitão foi um dos maiores acionistas da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, fundada em 1872 e inaugurada em 1875, dando grande impulso ao desenvolvimento físico e econômico de Mogi Mirim, por beneficiar a expansão da lavoura cafeeira existente na cidade e por atrair para a localidade personalidades públicas, empresários, comerciantes e artistas importantes.

 Coronel Leitão faleceu em 12 de abril de 1887, aos 71 anos de idade, deixando um grande legado econômico, político, social, cultural e filosófico.

2 – LUIZ TIBÚRCIO VALERIANO E EUGÊNIA BRASÍLIA VALERIANO

Luiz Tibúrcio Valeriano, nascido em Mogi Mirim em 14 de abril de 1848, e Eugênia Brasília, nascida em Mogi Mirim em 03 de fevereiro de 1858, foram filhos adotivos do Coronel Leitão e de sua esposa Leontina Gomes de Oliveira, pois o casal não teve filhos.

Em 25 de outubro de 1873, Luiz Tibúrcio Valeriano e Eugênia Brasília uniram-se em matrimônio, tendo o casal recebido terras do Coronel Leitão para o início da vida de casados.

O casal teve oito filhos: Júlia, Antonieta, Isaac Tibúrcio Valeriano, Leontina Valeriano, Ismael, Luiz, Horminda e Lucília, os quais receberam de seus pais exemplos de trabalho, bondade, responsabilidade, honestidade e religiosidade.

Luiz Tibúrcio Valeriano faleceu em 18 de setembro de 1915, deixando viúva Eugênica Brasília Valeriano, que faleceu em 18 de junho de 1944.

Quando adultos, os filhos Isaac Tibúrcio Valeriano e Leontina Valeriano tornaram-se importantes pioneiros do Espiritismo em Mogi Mirim, como veremos a seguir.

3 - ISAAC TIBÚRCIO VALERIANO

Isaac Tibúrcio Valeriano foi o terceiro filho do casal Eugênia Brasília e Luiz Tibúrcio Valeriano.

Casou-se com Albertina Marreiros Valeriano, com quem teve nove filhos: Eugênia, Edson, Isaac, Luiz, Darcy, Wilma, Clóvis, Haidê e Cláudio.

VEJA FOTO 1 PUBLICADA ACIMA

Isaac Tibúrcio Valeriano foi dentista, mestre de agricultura do Instituto de Menores e colaborador do Instituto Butantã na captura e envio de cobras para a elaboração de soros e vacinas.  No porão de sua casa na Rua Treze de Maio guardava as cobras que eram capturadas em sua fazenda para serem remetidas ao Instituto Butantã.

Em função da leitura de livros espíritas que circulavam livremente na cidade, Isaac convenceu-se da realidade dos princípios espíritas e tornou-se um importante pioneiro do Espiritismo em Mogi Mirim.

Era uma pessoa muito caridosa e chegou mesmo a doar parte de um terreno de sua propriedade para a construção de uma sede própria para o Centro Espírita Regenerador Caridade, que funcionava na casa de Juca Andrade, na Rua Padre Roque, desde 03 de maio de 1926.

Assim surgiu a Associação Espírita Jesus e Caridade, inaugurada em 26 de julho de 1933, graças também ao dinheiro doado por Dona Vitorina Joaquina Rosa, uma espírita muito rica, e a forte aliança dos pioneiros do Espiritismo na cidade: Rafael Jannini, Juca Andrade, Oscarlino Massucci, Heitor Moura, Leopoldo Ladeira, Jonas de Oliveira Cintra, Isaac Tibúrcio Valeriano, Lino Patelli, Leontina Patelli, Antonio Moi, Joaquim Antonio de Oliveira, Emília Santos, José Gomes Ventoza, Pedro Pimenta, Pedro Coti, José Joaquim de Freitas, Sebastião Alves Pereira, João Carolino Silveira, dentre muitos outros.

Ao lado dessa Associação Espírita foi construído também um Albergue Noturno, que passou a funcionar em 27 de maio de 1934, para abrigar grande número de indigentes que circulava pela cidade, e que sofria com as intempéries climáticas.

Portanto, Isaac Tibúrcio Valeriano teve um papel muito importante na união dos espíritas e estruturação do Espiritismo na cidade de Mogi Mirim.

Foi grande companheiro de sua irmã Leontina e de seu cunhado Lino Patelli na atuação e desenvolvimento do florescente movimento espírita da localidade.

4 – LEONTINA VALERIANO

Leontina foi a quarta filha do casal Luiz Tibúrcio Valeriano e Eugênia Brasília Valeriano.

Casou-se com Lino Patelli, tendo o casal seis filhos: Darcy, Nair, Dayr, Darby, Darmy e Horminda.

VEJA FOTO 2 PUBLICADA ACIMA

4.1 – O DESENVOLVIMENTO DA MEDIUNIDADE DE LEONTINA

Leontina Patelli teve sua formação religiosa na Igreja Católica, pertencendo à Irmandade do Divino Espírito Santo.

Nessa época, começaram as primeiras manifestações de Espíritos através de sua mediunidade que começava a aflorar, precisando receber a ajuda e a orientação de seu irmão Isaac Tibúrcio Valeriano, que já era espírita. Então, começou a entender o fenômeno e a empregar para o bem essa sua faculdade.

Além disso, começou a ler alguns livros espíritas que circulavam de mão em mão na cidade e se tornou espírita, aliando-se ao seu irmão nas atividades espíritas.

A partir de então, passou a ceder grande parte de seu tempo disponível para as atividades da doutrina espírita e para ajudar as pessoas necessitadas de atendimento material, espiritual e moral. 

Também, começou a organizar no Natal a distribuição de cartuchos de balas e doces para as crianças pobres, em comemoração ao nascimento de Jesus. 

Fazia também campanha para arrecadar gêneros alimentícios que eram doados para as famílias pobres. Nessa ocasião, morava numa casa na Rua Marciliano.

Isso absorveu de tal modo o seu tempo, a ponto de precisar recorrer à ajuda de sua irmã Júlia Valeriano para cuidar e educar o seu primeiro filho Darcy, até a data de seu falecimento com 13 anos de idade.

4.2 – SOBRE LEONTINA PATELLI

Leontina Patelli foi descrita da seguinte forma por um dos membros da sua família na internet:

“Mariana, eu tenho certeza de que você adoraria conhecer a esposa do Lino, a Leontina, ou como nós a chamávamos carinhosamente, a "mãezinha".

Ela era um amor de pessoa.

Sua mãe e eu convivemos com ela, pois ela é avó da Silvana e minha bisavó.

Eu amo esta foto e fico até emocionada quando vejo que conheci alguns deles ainda vivos. Beijos a todos os Patellis.”


4.3 – DEPOIMENTO DE EURÍPEDES PATELLI SOBRE A ATUAÇÃO ESPÍRITA DE SUA AVÓ LEONTINA, AO LADO DE SEU MARIDO LINO  

“A mediunidade em minha avó Leontina surgiu nas reuniões da Irmandade do Divino Espírito Santo, mas só ficou sob controle com a grande ajuda que recebeu de seu irmão Isaac, que já conhecia bem o assunto, e a ajudou a desenvolvê-la e a direcioná-la para o trabalho em benefício do próximo, graças à formação religiosa católica que já tinha.”

“Geralmente, manifestava-se através dela um Espírito que era chamado de “Mãe Maria”, que dizia ter sido uma pessoa de origem africana. 

"Minha avó Leontina desenvolveu também uma vidência muito apurada, que a permitia ver com facilidade as coisas do mundo espiritual." 

"Sua mediunidade se prestava também ao fenômeno de transporte de objetos e materiais que eram trazidos pelos Espíritos para o local da sessão espírita.”

“Minha avó Leontina sempre começava a reunião espírita com a leitura de um trecho de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. 

"Depois, aconteciam as manifestações dos Espíritos, através de sua mediunidade. O encerramento dos trabalhos espíritas era sempre feito com a “Prece de Cáritas”.

“O meu avô Lino Patelli era o dirigente e o coordenador dos trabalhos. Ele fazia as explanações e os comentários sobre “O Evangelho”. Mas a minha avó Leontina era o alicerce dos trabalhos, que eram realizados nas segundas e quintas-feiras, das 20 às 22 horas.”

“O meu tio Isaac sempre participava e ajudava também nas reuniões espíritas, até que precisou mudar-se com a família para Santos.”

“A minha avó Leontina era muito dedicada aos trabalhos espirituais. Ela não tinha horário para auxiliar as pessoas que a procuravam em sua casa. Sempre aplicava passes, dava orientações e conselhos e atendia o pedido de quem a procurava.”

“A humildade de minha avó Leontina era extrema. Nunca menosprezou ninguém. Nunca mais vi uma humildade igual à dela. Estava sempre preocupada em atender com muita gentileza os pedidos das pessoas que recorriam a ela buscando ajuda.”

“Os trabalhos espirituais começaram na Rua Marciliano, mas mesmo depois que se mudou para a Rua João Teodoro, continuou realizando-os até o final de sua vida terrena.”  

4.4 – O FALECIMENTO DE LEONTINA

Leontina Patelli faleceu em 10 de fevereiro de 1970, sem ter acumulado bens materiais, porque os distribuia durante os serviços prestados às pessoas necessitadas de ajuda material, espiritual e moral. Ela terminou a sua vida na Terra apenas com a casa em que residia.

4.5 – HOMENAGEM DEVIDA A LEONTINA PATELLI

Eurípedes Patelli, por ter sido criado ao lado de sua avó Leontina e presenciado tantos trabalhos beneméritos e obras de caridade realizados por ela, defende a ideia de que ela merece uma homenagem do poder público municipal na forma de ter o seu nome colocado numa das ruas da cidade em sua homenagem, por ter ajudado muito o povo de Mogi Mirim em sua época.
   
4.6 – A TRANSMISSÃO DO DOM DA MEDIUNIDADE

O dom da mediunidade de Leontina Patelli foi herdado por seu neto Eurípedes Patelli, conforme ela mesma previa dizendo que um dos seus netos iria receber uma “herança”, que seria mais valiosa do que qualquer bem material.

Eurípedes emprega o seu dom para o bem dos semelhantes, seguindo a filosofia espírita que lhe foi ensinada e exemplificada por seus avôs. Assim, sempre trabalha gratuitamente empregando a sua mediunidade em benefício das pessoas necessitadas de ajuda espiritual e moral. Para isso, ao lado de sua residência mantém um centro espírita para ajudar gratuitamente as pessoas que precisam de apoio.

5 – LINO PATELLI    
5.1 - A VINDA DOS PAIS DE LINO PATELLI PARA O BRASIL

Ricardo Patelli, pai de Lino Patelli, nasceu em 1865, em Novi di Modena, Itália.

Um dos membros da família Patelli escreveu na internet o seguinte a respeito da visita que fez a essa pequena cidade italiana:

“Gente! Foi lindo! Fomos juntos para a cidade que nasceu a Patellada. Andamos e olhamos a cidadezinha que é minúscula; as casas, a igreja, pensando sempre que por ali Ricardo e Cezira (que não se conheciam) pisaram, viveram, sonharam...”

Ricardo Patelli veio para o Brasil em 1888, com 23 anos de idade, em companhia de seus pais Giovanni e Carolina Sala e de seu irmão Egídio, então com 13 anos de idade.

Os pais de Ricardo tinham, ambos, 48 anos de idade e trouxeram também como membros da família o casal Guiuseppe (36) e Domênica (25), a qual se supõe era uma filha casada.

Foram morar na Fazenda Boa Esperança, em Amparo - SP – a qual existe até hoje.

 5.2 - O CASAMENTO DE RICARDO PATELLI COM CEZIRA RESTANI

Na Fazenda Boa Esperança, Ricardo Patelli conheceu e se casou com Cezira Restani, que pertencia a uma família que já era sua conhecida desde a Itália.

Cezira nasceu em 1870. Era filha de Cândido Restani e Domênica Zanotti.

Desse casamento, nasceram os filhos Lino, Américo, Sérgio, Hugo, Olegário, Egídio e Lucilda, que geraram grande número de descendentes.

O pai de Lino Patelli, faleceu com 56 anos de idade, em 18 de dezembro de 1921.

Cezira, a mãe de Lino Patelli, faleceu em 1959, com 89 anos de idade.


5.3 - A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DE LINO PATELLI NO INÍCIO DO MOVIMENTO ESPÍRITA DE MOGI MIRIM

Lino Patelli também se tornou espírita lendo livros espíritas, notadamente “O Livro dos Espíritos” e “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec, que circulavam entre os moradores da cidade, convertendo muitas pessoas.

 Essa leitura dos livros ocorreu principalmente em função de sua esposa Leontina ter experimentado grande desenvolvimento em sua mediunidade, exigindo conhecimentos do Espiritismo para que fosse empregada em benefício do próximo nas reuniões que começaram a acontecer em sua casa e que atraiam o interesse de muitas pessoas que precisavam de ajuda espiritual. Então, a casa do casal passou a ser muito procurada e frequentada.

 Depoimentos de Risoleta Ladeira Andrade, irmã de Juca Andrade, e também importante pioneira do movimento espírita em Mogi Mirim, feitos aos seus familiares, com extrema lucidez, apesar da sua idade avançada, confirmam que ela mesma se tornou espírita lendo livros espíritas que circulavam entre os moradores da cidade, esclarecendo sobre os princípios do Espiritismo; dissipando dúvidas; mostrando a essência cristã da Doutrina Espírita e a sua aliança com o Cristianismo; e eliminando preconceitos, medos e ideias falsas que eram difundidos por alguns religiosos.

 Depois de convertida ao Espiritismo, Risoleta passou a frequentar as reuniões que eram realizadas no centro espírita que havia sido fundado e funcionava na casa do casal Lino e Leontina Patelli.

 Portanto, com as reuniões espíritas feitas na casa de Lino e Leontina começaram a estruturação e a maior divulgação e expansão do movimento espírita em Mogi Mirim.

Foi principalmente a partir dos trabalhos espíritas realizados na casa de Leontina e Lino Patelli que o Espiritismo passou a conquistar a simpatia e o respeito das pessoas ponderadas e esclarecidas residentes na cidade, experimentando expansão.

Leontina e Lino ofereciam atendimento às pessoas interessadas em conhecer a Doutrina Espírita; praticavam a caridade; e combatiam as suposições, crenças falsas e ideias infundadas que circulavam pela cidade.

 Foi dessa forma que o centro espírita fundado na casa de Lino e Leontina tornou-se um ponto importante de apoio, sustentação e rápida expansão do florescente movimento espírita em Mogi Mirim.

 5.5 – A UNIÃO DOS ESPÍRITAS EM TORNO DA ASSOCIAÇÃO ESPÍRITA JESUS E CARIDADE E MAIOR EXPANSÃO DO ESPIRITISMO EM MOGI MIRIM

Quando, em 1925, Juca Andrade, que daria mais adiante grande impulso ao movimento espírita, voltou espírita e maçom de Monte Santo –MG- para Mogi Mirim, com a sua família, recebeu o apoio de sua irmã Risoleta e do casal Lino e Leontina Patelli. Então, conheceu muitas pessoas espíritas e integrou-se rapidamente no meio espírita local.

Portanto, o lar espírita pioneiro de Lino e Leontina foi um importante ponto de união e aliança dos espíritas da cidade, possibilitando o crescimento do movimento espírita.

 Quando houve o encerramento das atividades espíritas que eram realizadas também de forma pioneira na casa de Dona Emília Santos, o próprio Juca Andrade tomou a iniciativa de fundar um novo centro espírita dentro de sua própria casa, apoiado e seguindo os exemplos do casal Patelli.

 Então, o centro espírita mantido na própria casa de Lino e Leontina serviu de importante estímulo não só para a união dos espíritas, mas também para a formação de novos centros e a expansão do movimento espírita em Mogi Mirim.

 Foi dessa forma que Juca Andrade fundou, em 03 de maio de 1926, o Centro Espírita Regenerador e Caridade, em sua própria residência, apoiado pelo casal Patelli, que inclusive apareceu na foto de inauguração.

Com o surgimento desse novo centro espírita na cidade, e os trabalhos espíritas e de caridade que Juca e sua esposa Carmela realizavam, o movimento espírita experimentou mais rápido desenvolvimento, obtendo a adesão inclusive de muitos amigos de outras localidades.

 Com a transformação do centro espírita que funcionava na casa de Juca Andrade em Associação Espírita Jesus e Caridade, graças à doação do terreno por Isaac Tibúrcio Valeriano (irmão de Leontina Patelli), e do grande valor em dinheiro doado por Dona Vitorina Joaquina Rosa, houve maior engrandecimento do Espiritismo em Mogi Mirim.

As amplas instalações da Associação Espírita Jesus e Caridade serviram de local aberto ao público para a união dos espíritas, estabelecendo relações fraternas entre as famílias espíritas e criando a oportunidade para que as reuniões e as atividades espíritas fossem retiradas de dentro das próprias residências.

Então, o movimento espírita floresceu de maneira surpreendente em Mogi Mirim, sustentado pelas obras de caridade e as reuniões e atividades espíritas realizadas de portas abertas ao público, beneficiando muito moradores da cidade e contradizendo os preconceitos que eram espalhados por alguns na época.

Nos Estatutos da Associação Espírita Jesus e Caridade, aprovados em Assembleia Geral realizada em 12 de março de 1934, consta os seguintes nomes e cargos dos Fundadores e Diretores pioneiros:

Vitorina Joaquina Rosa = Fundadora.
Rafael Jannini = Fundador.
Leopoldo Ladeira = Presidente.
Isaac Tibúrcio Valeriano = Vice-Presidente.
Jonas de Oliveira Cintra = Primeiro Secretário.
Heitor Moura = Segundo Secretário.
Antonio Moi = Tesoureiro.
Joaquim Antonio Oliveira = Procurador.
Lino Patelli = Fiscal.    


5.6 – HOMENAGEM A ISAAC TIBÚRCIO VALERIANO, LEONTINA E LINO PATELLI

Vimos como a partir das atividades espíritas mantidas na casa de Lino e Leontina Patelli decorreram o fortalecimento e a expansão do Espiritismo em Mogi Mirim.

Eles tomaram a decisão de organizar os primeiros trabalhos espíritas em sua própria residência; propagaram e defenderam o Espiritismo, orientando e ajudando muitas pessoas e eliminando preconceitos; exemplificaram o modo de fazer reuniões e sessões espíritas, servindo de modelo para outros espíritas; beneficiaram muitas pessoas com os trabalhos de caridade; estimularam a união dos espíritas da localidade; e apoiaram o surgimento de novos centros espíritas, engrandecendo o movimento espírita florescente.

Além disso, com coragem, sabedoria e bondade enfrentaram polêmicas e controvérsias, pois tinham convicções em suas crenças e fé; defenderam a liberdade religiosa; esclareceram os princípios espíritas que eram mal interpretados, contestados e até mal vistos, principalmente em decorrência dos medos que eram difundidos por alguns religiosos; empregaram a mediunidade para o bem e em favor do próximo; atraíram pessoas esclarecidas para o movimento espírita; e estimularam o crescimento do Espiritismo na cidade.

Portanto, nesta oportunidade, deixamos não só a Isaac Tibúrcio Valeriano a nossa reverência, pelo que foi descrito anteriormente. Também ao casal Lino e Leontina Patelli prestamos esta homenagem e este preito de admiração e respeito pelas suas importantes realizações espíritas já citadas.

A esses três espíritas pioneiros externamos e tornamos público, com este artigo, o nosso espírito de gratidão por tudo o que fizeram em favor das pessoas e do movimento espírita florescente, com seus trabalhos, iniciativas e obras espíritas que beneficiaram a muitos.